Vida: Paula Rego cresceu em Lisboa e desde muito cedo mostrou um claro talento para a pintura. Durante a ditadura de Salazar, incentivada pelo pai, Paula Rego partiu para Londres para estudar na Slade School of Art e acabou por permanecer em Inglaterra até hoje. Com um estilo extremamente figurativo, a sua obra é considerada singular e incisiva, competindo com nomes singulares como Francis Bacon, Lucien Freud e David Hockney.

Durante muito tempo, a obra de Paula Rego foi pouco conhecida do público em geral, mas a situação alterou-se nos últimos anos e as pinturas da incontornável artista portuguesa têm visto a luz em vários museus pelo mundo fora. Com a condição humana como pano de fundo das suas criações, Paula Rego consegue pintar histórias que retratam tensões e inquietações de forma única. Jogos de poder, autoritarismo, hipocrisia, sofrimento, sexualidade e feminismo são alguns dos princípios subjacentes à obra da artista que é capaz de suscitar a admiração e o embaraço em igual medida.

Em 1990 Paula Rego aceitou ser a primeira “artista associada” da National Gallery em Londres, fixando aí a sua residência artística e, em 2010, foi distinguida com a Ordem do Império Britânico pela rainha Isabel II.

Família: Paula Rego foi casada com o artista britânico Victor Willing (1928-1988) e os dois tiveram três filhos, Caroline, Victoria e Nicholas.

Curiosidades: O aborto, a infidelidade e a depressão fizeram parte da vida de Paula Rego.

Ficção/Media: É possível conhecer melhor a artista no documentário “Paula Rego, Histórias e Segredos” (2017), realizado pelo seu filho, Nick Willing.

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Faço bonecos e tenho um prazer imenso quando tenho o pincel na mão: eles são feitos em papel, no chão, como quando era pequenina.